fev 2016
Por:Silvana Leal
Notícias
Se ser pai está nos seus planos, é bom evitar um hábito bem comum: apoiar o computador portátil no colo. De acordo com Alberto Stein, urologista da Insemine – Centro de Reprodução Humana, o calor excessivo gerado pelo computador pode levar a infertilidade transitória ou até permanente. Isso porque o contato com a máquina aumenta a temperatura nos testículos em até 2,5ºC, o que pode afetar a produção, a forma e a velocidade dos espermatozoides.
“Os espermatozoides não sobrevivem a temperaturas altas. E a natureza sendo perfeita, colocou os testículos na bolsa escrotal para que a sua temperatura fique de 1 a 2,5°C abaixo da temperatura do corpo, podendo os espermatozoides se desenvolverem adequadamente, disse Dr. Stein. Segundo o médico, o calor gerado pelo computador, muito próximo dos órgãos reprodutivos masculinos, faz a temperatura aumentar, prejudicando o crescimento e desenvolvimento dos espermatozoides.
De acordo com o especialista, esse prejuízo compromete a fertilidade masculina. Por isso, é recomendável que os homens utilizem sempre uma mesa ou algum suporte que deixe o aparelho longe dos testículos. Estudos que relacionam o uso de computadores portáteis no colo à redução da fertilidade masculina ainda estão em desenvolvimento, principalmente nos Estados Unidos. “Mesmo que ainda não sejam conclusivos, os estudos já sinalizam que existe essa relação. Os homens, portanto, devem estar atentos a esse hábito”, e evitá-lo, declara Stein.
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Ondas inofensivas
Há alguns anos, o computador já foi alvo de preocupação relacionada ao mesmo assunto, mas por razões diferentes. Um estudo de 2011, publicado no jornal de Fertilidade e Esterilidade da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, associou a exposição de radiação eletromagnética de um notebook conectado ao Wi-Fi à perda de mobilidade por espermatozoide.
Na mesma época, porém, um especialista negou a ideia. Dr. Robert Oates, presidente da Sociedade de Reprodução Masculina e Urologia dos Estados Unidos, explicou que as conclusões do estudo só foram possíveis em um “ambiente completamente artificial” e não se aplicam a um notebook no colo. “O estudo é cientificamente interessante, mas não tem qualquer relevância biológica humana”. Hoje, já é o calor que traz preocupação. E até que se prove o contrário, é melhor evitar.
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