O que é a tecnologia HDR nas TVs

10

mar 2016

Por:Silvana Leal
Notícias

Na hora de convencer o consumidor a adquirir uma nova geração de televisores, as grandes marcas apostam sempre em uma tecnologia considerada “especial” que vai mudar a forma como você assiste aos seus programas e filmes favoritos. Já foi assim com a tela plana, os displays de Plasma, o LCD, os efeitos 3D com o uso de óculos e, mais recentemente, com a resolução Ultra HD ou 4K.

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Mas outra sigla também caminha para se tornar um diferencial nos televisores — e não se trata de uma pegadinha, já que ela realmente traz novidades na visualização. Estamos falando do HDR, que já está invadindo a indústria e modificando até os conteúdos que são entregues para você. A seguir, saiba se essa tecnologia é mesmo tão revolucionária quanto parece e o que ela modifica na tela para transformar uma experiência tão comum como ver TV.

Eu já vi essa sigla antes!

A sigla HDR significa High Dynamic Range (Grande Alcance Dinâmico) e já é bem conhecida por quem é da área de fotografia ou possui um celular moderno. Nesse contexto, a técnica envolve fazer vários cliques de um mesmo retrato em exposições diferentes e juntar tudo, permitindo que detalhes e nuances que poderiam passar despercebidos em uma foto sejam expostos.

O problema é que esse “hiper-realismo” às vezes produz resultados com muita cara de falsos ou que parecem retocados em um Photoshop da vida. No caso do vídeo, mantém-se a ideia, mas os pontos negativos são descartados.
Aqui é outra história

A ideia por trás do HDR dos televisores é diferente: primeiro, elementos escuros da imagem ficarão mais escuros, enquanto os iluminados serão ainda mais destacados. As cores se tornam mais vivas e presentes, com tons respeitados e maior destaque na composição. Gramados verdes, céu azul ou o vermelho de um batom, por exemplo, se destacam como nunca. Um objeto perdido no canto da tela pode ser notado sem deixar de lado a beleza do que estiver em primeiro plano.

O HDR faz tanta coisa ao aumentar duas variáveis na TV: a taxa de contraste e a precisão na reprodução das cores. Ou seja, nada de filtros ou “gambiarras” para destacar elementos da imagem. O resultado é uma qualidade no que você vê que faz a diferença até na comparação com resoluções maiores — ter HDR ou não em um modelo pode ser mais significativo do que mais ou menos pixels na tela.
Como funciona

Para proporcionar tudo isso, a fabricante do televisor deve ser capaz de emitir mais luz que uma TV tradicional em certas partes da imagem. Os televisores HDR chegam a uma iluminação traseira de até 1.000 nits, contra 300 ou 400 nits em TVs LCDs comuns.

Além disso, o aparelho precisa ser capaz de permitir a reprodução de uma alta quantidade de gama de cores (WCG, o Wide Color Gamut). O televisor com HDR processa o padrão 10-bit de cores, o equivalente ao “conhecimento” de 1 bilhão de cores diferentes, reduzindo gradações óbvias de tons e produzindo imagens mais realistas.

Para comparação, um Blu-ray tradicional usa o padrão 8-bit. Além disso, é preciso produzir essa visualização no padrão conhecido como P3, um alcance de cores que vai além do que é exibido pelos televisores tradicionais.

A partir de um padrão estabelecido pela indústria, que batizou o formato de Ultra HD Premium, a resolução mínima indicada para a disponibilização de conteúdo HDR é a 4K, mas tanto painéis LCD (mais comuns e melhores em brilhos intensos) quanto OLED (ótimos para reproduzir escuridão ou falta de luz) são capazes de aguentar o HDR. Combinando a alta disponibilização de cores com o realce delas a partir do brilho, metade do caminho já está feito. O resto depende do produtor.
Já vivemos na era HDR?

Assim como acontece com o 4K, hoje temos televisores que reproduzem a tecnologia, mas pouco conteúdo realmente HDR — e, para sentir os efeitos citados acima, é preciso ter o material otimizado. Na matéria de hardware, Sony e LG exibiram modelos na CES 2016. Amazon e Netflix começaram a arranhar aos poucos a superfície de possibilidades, com temporadas inteiras de seriados disponibilizados no formato. Além disso, alguns filmes já são lançados com essa preocupação de brilho intensificado, e o YouTube prometeu suporte em breve. Porém, pouco mais do que isso foi feito até agora.

E, se os preços já são bem salgados para os aparelhos só 4K, a situação é ainda pior para os modelos novos, que contam com HDR. Pela ausência de conteúdo até o momento e pelo alto custo de um dispositivo capaz, talvez seja melhor aguardar um pouco — sabendo que a sigla veio para ficar e que você provavelmente vai abraçá-la em algum momento.

Fonte: tecmundo

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