Especialistas alertam para o risco de transformar tablet em babá

26

maio 2017

Por:Silvana Leal
Notícias

Tem muito adulto transformando tablet em babá. “A criança está chorando, e o pai entrega o tablet. Talvez se essa criança tivesse chorando, se esse pai pegasse essa criança no colo? Dá trabalho, mas é um vínculo afetivo. A criança quando chora é porque ela está com medo, está assustada, cansada, com fome, pode também ter uma febre. Ela quer um carinho”, explica a pediatra Evelyn Eisenstein, da Uerj.

Você deixaria uma criança sozinha num quarto, na sala ou em qualquer outro lugar acessando a internet, sem nenhum tipo de supervisão? Isso seria o mesmo que deixar uma criança também sozinha numa praia, exposta a todo tipo de perigo.

“Os pais costumam trancar a porta de casa quando saem, e esquecem que deixam os filhos em casa com tablet ou alguma conexão com a internet que é uma porta aberta para rua, para o mundo”, diz a psicóloga Anna Lucia King, do Instituto Delete/UFRJ.

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que até os dois anos de idade a criança não tenha acesso a dispositivos como tablet ou celular.

De dois a cinco anos, o recomendado é, no máximo, uma hora por dia. Os responsáveis devem escolher os conteúdos apropriados para essa idade.

Dos seis aos dez anos, o limite é  de duas a três horas, também com o controle dos pais.

E na adolescência o uso deve ser equilibrado com atividade física.

Os pais de João, de 9 anos, e Otto, de 5, são super conectados. O trabalho deles, no Recife, é justamente apoiar e desenvolver projetos ligados à tecnologia. Mas, em casa, a Mariana e o Edgar criaram regras para que os filhos não passem tempo demais no computador ou no videogame.

“A gente não acha que estar no computador é errado. A gente não acha que jogar videogame é errado. A gente acha que é importante inclusive para o crescimento deles, eles estão aprendendo também com isso. Só que eles precisam entender que tem outras coisas para eles aprenderem. Por isso que precisa do limite”, afirma a publicitária Mariana da Mata.

O laptop da família só pode ser usado na sala, onde tem sempre gente de olho.

O que Edgar e Mariana querem mesmo é que os meninos tenham uma infância feliz, segura, saudável, e que aprendam: nada substitui o convívio.

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